terça-feira, 16 de outubro de 2012

Olá, amigos! Depois de alguns anos de espera, finalmente estou lançando a 2ª. edição do 

meu livro de poemas “Quem vai ler esta merda?”. É uma edição revista e ampliada, 

incluindo 16 poemas que não constavam da edição anterior. 



Como já é comum no meio poético, irei fazer mais de um lançamento. Então segue a lista 

pra galera acompanhar:



7 DE NOVEMBRO (4a. FEIRA) - PELADA POÉTICA NO LEME

QUIOSQUE ESTRELA DE LUZ



Avenida Atlântica, Posto 1 – Praia do Leme


(em frente ao restaurante La Fiorentina)


A partir de 20h – entrada franca



9 DE NOVEMBRO (6ª FEIRA) – PELADA POÉTICA EM SÃO PAULO


BIBLIOTECA ALCEU AMOROSO LIMA (mezanino)


Rua Henrique Schaumann, 777- Pinheiros – São Paulo, SP


A partir de 19h – entrada franca



1 DE DEZEMBRO (SÁBADO) - INTERFERÊNCIA DO FORA DE ÁREA

SESC TIJUCA


Rua Barão de Mesquita, 539 - Tijuca - Rio de Janeiro, RJ


Das 17h às 21h - entrada franca




O livro será vendido a R$ 20,00.



Conto com a presença de vocês! Abraços.



segunda-feira, 28 de maio de 2012


Alma insone

Não quero dormir.
Quero caçar com as mãos nuas
os momentos desperdiçados.
Manter com os olhos abertos
a ilusão de ser imortal.
Quero buscar sempre o novo,
me tornar infinito,
e entupir a mente de coisas
para esquecer o medo da morte
e de tudo o que ela torna incompleto.
Não vou mais dormir,
não vou mais parar,
não vou mais sonhar.
Quero que cada um dos meus fôlegos
seja parte de minha arte,
até que a arte me consuma
e minha vida seja apenas
a obra que ela deixar.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Olá, amigos! Resolvi fazer a primeira postagem deste ano inaugurando uma nova seção: "Livros que li". Nela pretendo divulgar alguns poemas de livros e fanzines que eu tenha lido recentemente. Na estreia, dois poemas do fanzine "22", de César Campos, lançado em dezembro de 2011. Quem quiser mais informações, é só acessar http://livro22.wordpress.com/ ou http://www.faranicincotres.blogspot.com.br/ . Abraços!


Central do Brasil

olhos no relógio
no alto da torre
procuram as horas

três da matina
olhos na pista

um espera o ônibus
dois espreitam a vítima.


Noite de quarta

Mystery de Miles Davis
embala a caminhada
dos Arcos à Rua da Lapa.
o trompete rascante
num rap pulsante,
o trompete rascante
num rap pulsante
só para na esquina
Rua da Lapa com Joaquim Silva.
ali:
um beat envenenado
um aglomerado de gente
na visão macro um grupo rima
um solitário fotografa a cena
e revela um poema

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sobre o ridículo dos relógios



Por que aprisionar nossas vidas
em correntes de meses, semanas, dias,
submetendo nossa existência
à ditadura das horas?
Por que nos deixar levar
pelas voltas deste pião desvairado
que chamamos Terra?
Seria tão mais fácil esquecer os anos
e dividir nossa passagem por este mundo
em instantes de alegria,
momentos de emoção,
ou vivências inesquecíveis.
A Humanidade se entenderia melhor.

Quem me dera se eu pudesse
olhar bem fundo nos teus olhos
e dizer: “Tô com saudade.
Faz cinco sorrisos que não te vejo.”
E então matássemos toda saudade
contando o tempo em beijos.